A DIFÍCIL ARTE DE SER BRASILEIRO

"A dificil arte de ser Brasileiro(E-mail enviado ao Consulado Brasileiro de Chicago,Itamaraty, MRE/Representacao nordeste, Redacao daFolha, Veja, IstoE e Epoca )

"Há quatro meses estive nos EUA, sou médico, Otorrino,estabelecido em João Pessoa-PB, tive a oportunidade de Realizar o meu Fellowship em Otologia na International Hearing Foundation, com apoio da Universidade de Minnesota em Minneapolis - MN. Durante o ano passado,recebi o convite da festa de aniversario do meu Professor Dr Michael Paparella e Voltei a Minneapolis, dai, um inferno se estabeleceu na volta que acho prudente contar às autoridades e a redacao dos orgaos de imprensa para me ajudar a coibir tal fato novamente.Dia 28 de setembro de 2008 deveria pegar o VOO Tam -NyC - GRU, entretanto , tive a infelicidade de perder meu passaporte na noite da sexta, logo, meu VOO de Minneapolis para NYC estava comprometido devido as exigencias americanas para embarque. Preocupado, me sentindo perdido, liguei para o plantao consular em NYC e Chicago, sem obter resposta, deixei mensagem na secretaria eletronica com o numero do meu celular, que estava funcionando nos EUA, a secretaria eletronica de um deles avisava, em ingles, desde a noite da sexta,que se encontravam em uma reunião, estasiante pelas mais de 24 horas, pressumo eu. Desesperado, plagiando, sem lenco ou documento,liguei para a embaixada, uma funcionaria, cujo nome não sei, me foi um anjo de Deus e me explicou que chicago seria o local responsavel por minneapolis,expliquei a situacao e ela me deu o telefone de uma senhora chamada Ana ELisa. Luz no Fim do tunel,liguei, fui atendido com uma voz aspera e um pesado-ALO, tentei comecar a comunicação e explicar minha situação, Porém, era cortado com a seguinte afirmativa- quem lhe deu meu telefone, expliquei após 3 perguntas ríspidas e neste tom que não saberia o autor pois liguei para a embaixada, naquele momento comecei a gravar a conversa,- Senhor, esta é minha casa , a embaixada esta errada de lhe dar o meu fone, e Novamente - Quem lhe deu"expliquei inumeras vezes não saber o autor da informação, dizendo - Senhora desculpa, não sei , mas sou um brasileiro sem saber o que fazer, sem passaporte em Minneapolis, me ajude. Neste momento veio para mim o que seria a Frase mais contudente daquela Funcionaria Publica, nao sei se a mesma lembra que detem tal funcao, - Nao sou senhora, sou CONSELHEIRA Ana Elisa,respondi , - Senhora CONSELHEIRA , desculpe o problema,sou um medico, perdido em Minneapolis , sem nenhum documento, como voltarei ao meu pais " , mais uma vez escutei , - Senhor, nao estou de plantao hoje , esta é minha casa, nao posso lhe ajudar, creio eu que a carreira determina a sua vida, uma representante do consulado, que recebe dos meus impostos, deveria no minimo ter polidez , a sua profissao, escolhida e nao imposta, a sujeita a estas inteperes, seria absurdo eu medico reclamar de uma ligacao de um paciente doente e esvaindo-se em dor. Tentei ser o mais diplomatico, embora esta fosse a funcao dela, e evitei o conflito, afinal, precisava dela. Perguntei novamente o que fazer, ela me disse, apos inumeras tentativas, que deveria ir ate chicago e pedir uma ordem de volta ao Brasil, expliquei da minha ausencia de documentos para VOO, e escutei um sonoro - Como o Senhor vai chegar aqui é porblema do Senhor.. Agradeci a atencao, ainda escutei que ela iria ligar para a embaixada e que nao poderiam me dar o fone dela e blabla bla , isso, as duas da tarde, do domingo, usando o meu celular brasileiro que esperava o retorno da mensagem deixada na sexta a noite, mas acho que a reuniao ainda nao houvera acabado.Triste, cabisbaixo, com a sensacao de Impotencia, em fato tenso, fui abordado pelo recepcionista do hotel que me perguntou se eu tinha algum problema, expliquei tudo a ele e ele me disse que ligaria pro aeroporto e saberia se poderia voar com a carteira de estudande da U Of M e tivemos uma resposta animadora da companhia aerea, comprei o bilhete pra NYC, e no outro dia ,pela manha , fui vistoriado rigorosamente e puder voarpara NYC, de onde sairia meu voo para o brasil, fui ao Consulado em NYC e resolvi a situacao, na noite anterior ja havia alterado a minha passagem de data e assim retornei ao brasil. Trago esta questão para que as autoridades tomem providencias, falo ingles fluentemente, tinha cartao de credito com limite no momento, e se assim nao o fosse " um recepcionista de hotel, que paguei 80 dolares a diaria resolveu minha vida e um servidor publico bem remunerado me deixou a esmo, desculpe , nao um servidor mas uma CONSELHEIRA ,coisas do Brasil.Adriano Sergio F Meira " Otorrinolaringologi sta (839136 6246)".