De repente sou um pássaro numa árvore imensa, compacta de galhos,ramos e folhas que o vento vai acariciando nesta manhã de começo de Verão. Meu chilrear nem eu próprio escuto pelo barulho que emite o farfalhar das folhas. E sinto-me só sem ter mais aqui os outros pássaros que voaram de madrugada sem mim à procura da vida. Como não sabia para onde tinham voado resolvi esperá-los até à tardinha quando se recolheriam nesta imensa árvore - nosso abrigo no meio da cidade. Esperei. Esperei. A tarde veio, a noite caiu mas os meus amigos, a minha familia, a passarada não mais apareceu. Que teria acontecido?
...já não há mais ninhos, não há mais ramos...
Manoel Carlos
Lindo, Manoel Carlos. Va lá, continua.
ResponderExcluirBeijo