CRIME NA PRAIA DE ALBARQUEL, SETÚBAL

De dia é esta paisagem maravilhosa, estas condições de veraneio.
Tudo enfim para que imaginemos que a vida ainda tem momentos bons e lugares lindos que nos possibilitam sentir um certo relaxamento…uma certa vontade de viver…
Mas a noite, naturalmente soturna, com seu manto escuro na ausência da lua cheia, expande seus obscuros fluidos, enreda os espíritos na penumbra e surgem mistérios…
Aconteceu há dois anos. Na bonita praia de Albarquel, em Setúbal, cidade ao Sul de Portugal. Ali, onde existia um Restaurante, aliás o único restaurante, foi instalada uma espécie de discoteca tropical frequentada principalmente por cidadãos brasileiros, cabo-verdianos, angolanos e, por fim, surpreendentemente, por ciganos.
Surpreendentemente, como se diz no Brasil, “ o pau roncou”!
Os motivos não sei ( nem estou interessado em saber) só sei que nesse “roncar de pau” que por sinal era uma faca, foram assassinados dois jovens, um cigano e um cabo-verdiano, sabendo-se, pelo que se apurou, que o malfeitor teria sido um jovem brasileiro. O que não se sabe, todavia, é qual o brasileiro! Pois eram vários.
Nunca prestei grande atenção ao caso pois viria a tomar conhecimento que o criminoso já estaria a contas com a justiça. Portanto, fim do drama.
Mas não. Não estaria concluído ainda o processo.
Um dos jovens brasileiros envolvidos na confusão teria se deslocado ao Brasil, entretanto, a fim de obter certos documentos que lhe fariam falta, para si e sua família que reside em Portugal.
A sua ida ao Brasil suscitou suspeitas e, no seu regresso, o moço foi logo detido e encarcerado até hoje em regime de prisão preventiva, tido como o principal suspeito do crime.
Segundo os pais do suspeito, os próprios ciganos, em manifestações perante o Ministério Público, influenciaram as partes judiciais numa ação que proporcionou ao verdadeiro criminoso, outro que não o detido, a fuga para o Brasil onde se encontra atualmente.
Escrevo estas linhas porque recebi uma carta da mãe do “recluso” que
transcrevo e que espero possa servir para que justiça, justiça verdadeira, seja aplicada, mediante mais pormenorizada investigação, com vistas a inocentar, se é inocente, claro, o jovem preso:
“QUEM LHE ESCREVE ESTA SIMPLES CARTA SÃO OS PAIS DESESPERADOS DE UM JOVEM INJUSTIÇADO PELA LEI PORTUGUESA. POR NÃO TERMOS A QUEM RECORRER, POR FALTA DE CONHECIMENTOS DE UM BOM ADVOGADO CRIMINALISTA E DEFENSOR DOS IMIGRANTES. TODA A FAMILIA ESTÁ SOFRENDO COM AS CONSEQUENCIAS DAS INJUSTIÇAS COM ELE, INCLUSIVE COM SEUS TRÊS FILHOS
PEQUENOS QUE CHEGARAM A PASSAR NECESSIDADES FINANCEIRAS .
NO INÍCIO PAGAMOS A UM ADVOGADO PARA DEFENDÊ-LO QUANDO O MESMO NOS GARANTIU QUE NO PROCESSO NÃO HÁ NADA QUE O INCRIMINE (VISTO QUE ELE É INOCENTE),
MAS O MINISTÉRIO PÚBLICO PRESSIONADO PELA A AGLOMERAÇÃO DOS CIGANOS À PORTA DO TRIBUNAL TODA A VEZ QUE O NOSSO FILHO IA A JULGAMENTO PEDIAM 17 ANOS DE PRISÃO EM REGIME FECHADO PARA ELE, MESMO NÃO TENDO PROVADO NADA CONTRA ELE.
É POR ISSO QUE ESTAMOS PRECISANDO ENCARECIDAMENTE E URGENTEMENTE DA SUA AJUDA PARA NOS INDICAR UM ADVOGADO CRIMINALISTA DE CONFIANÇA. POIS JÁ SÃO QUASE DOIS ANOS E ELE AINDA ESTÁ EM PRISÃO PREVENTIVA.
DESDE JÁ AGRADECEMOS E CONTAMOS COM A SUA AJUDA.
ASSINADOS: ARANTES TEIXEIRA MATOS e ELENIR GRANJA MATOS".