Eu sonhei que estava só em casa, que você havia me abandonado. Dei um pulo da cama e procurei, através da vidraça embaçada a sua imagem, queria lhe ver, me despedir.
O tempo chorava lá fora e os meus olhos também, pois não conseguiam lhe encontrar naquela rua. Então ouvi passos, lentos como os seus, mas era só o vento brincando comigo. Eu me desesperei, não podia entender o seu gesto, não encontrava nenhuma explicação para aquela sua despedida repentina. Os nossos momentos foram verdadeiros, não foram mentiras.
prometi a mim mesmo que passaria a noite toda esperando por você. E fiquei olhando pela janela a rua por onde você sempre passava pois meu coração me dizia que você ainda me amava então colei meu rosto na vidraça e fiquei espiando lá fora, mas um vulto esbranquiçado me assustou, parecia que estava me vigiando.
Outra vez espiei lá fora e de novo encontrei a tal figura fantasma. Um medo terrível tomou conta de mim, mal podia respirar. Tranquei a porta do meu quarto e comecei a chorar. Logo o sono começou a me aborrecer, roubando de mim a esperança de lhe ver, pelo menos mais uma vez.
Ouvi um barulho, alguém abria a porta. Meu espírito se alegrou, meu coração se apressou, dentro de mim um suspiro solto. Estávamos no inverno, mas um calor terrível queimava todo o meu corpo, eu estremeci na cama. Não tive coragem de descer para ver quem era, poderia ser o vulto que há pouco havia visto lá fora. Procurei ajuda nos céus e dormi chorando em prece.
O sol me acordou jogando sua luz no meu rosto. Encontrei você dormindo dentro de mim.
Luciene Amado
prometi a mim mesmo que passaria a noite toda esperando por você. E fiquei olhando pela janela a rua por onde você sempre passava pois meu coração me dizia que você ainda me amava então colei meu rosto na vidraça e fiquei espiando lá fora, mas um vulto esbranquiçado me assustou, parecia que estava me vigiando.
Outra vez espiei lá fora e de novo encontrei a tal figura fantasma. Um medo terrível tomou conta de mim, mal podia respirar. Tranquei a porta do meu quarto e comecei a chorar. Logo o sono começou a me aborrecer, roubando de mim a esperança de lhe ver, pelo menos mais uma vez.
Ouvi um barulho, alguém abria a porta. Meu espírito se alegrou, meu coração se apressou, dentro de mim um suspiro solto. Estávamos no inverno, mas um calor terrível queimava todo o meu corpo, eu estremeci na cama. Não tive coragem de descer para ver quem era, poderia ser o vulto que há pouco havia visto lá fora. Procurei ajuda nos céus e dormi chorando em prece.
O sol me acordou jogando sua luz no meu rosto. Encontrei você dormindo dentro de mim.
Luciene Amado
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