21/07/2012

A NACIONALIDADE NO ROSTO "guo2ji2 " kǎ luò sī ( nán zǐ mínɡ



Os meus traços fisionómicos, não sendo já de nada ou de todo bonitos, teriam que me assentar em características que eu jamais escolhi. Ou escolheria. Foi sempre um problema para mim definir para os outros a minha verdadeira nacionalidade. A nacionalidade que os estatutos atribuem por ascendência ou descendência ou por outra coisa qualquer que foge à alma ou meramente ao sentimento patriótico que escapa à idiossincrasia. Tanta lenga lenga para referir que embora tenha a nacionalidade brasileira oferecida pelo meu pai que é do Rio de Janeiro, foi sempre difícil convencer os brasileiros desse estatuto já que a minha cara, os meus cabelos, o meu bigode, desenhavam-me como um sujeito que poderia muito bem ser do Minho, Árabe, ou Turco. Mas a mais vincada era como eles designam: Portuga!

Estive muito tempo na Alemanha, mais propriamente em Berlim, onde a colónia Turca é a mais numerosa. Nem queiram saber a minha apreensão quando pela manhã de caminho para o trabalho , os próprios turcos pensando-me turco também, raramente não me abordavam. Bom, depreende-se então, que em Berlim poderia muito bem passar como passei por turco.
Mas, finalmente, alguem me reconheceu na minha verdadeira origem! Vejam só!

Outro dia, no desempenho de minhas funções, uma senhora perguntando para uma outra funcionária onde poderia obter alguns esclarecimentos, a minha colega, apontando para mim foi dizendo: -com aquele senhor que está ali na frente.

A senhora querendo confirmação perguntou: - qual, aquele chinês de bigode?
!!!!FINALMENTE! Alguem me identificou...

3 comentários:

  1. Essa foi boa! Tenho de imaginar que estavas como os olhos muito piscos essa manhã, ou então era a senhora a pitosga?

    Beijinho desta outra chinesa que não é...

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  2. FonFon será que nasceste, por engano, em Macau??

    Beijos saudosos,
    Rosinha

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  3. Rosinha, muy querida,
    estou em falta com a minha amigona.Ainda não agradeci aquela prenda deliciosa que teve a gentileza de remeter pelo Leça. Vai, em momentos especiais, andar comigo sempre cheia de um líquido que mate as saudades, queimando-me por dentro.
    Beijos e um abraço ao Senhor Comandante!

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