

É nestes dias melancolicamente cinzentos, mas de terrível sedução, que me lembro dela. Com mais intensidade, impetuosamente, propenso a fantasias que me confundem. E sigo nesse caminho cercado de cores e aromas, amarrado à ilusão de que seus braços me apertam e suas mãos eu agarro. Seu rosto, maravilhosamente suave e sereno não consigo tocar e se afasta sorrindo. Olho pelas vidraças da janela o início da chuva lá fora. Cá dentro, paira o calor da sua presença, que me aquece o corpo e esfria a alma. Se ao menos eu tivesse a coragem para deixar de pensar nela!
O rio lá longe, num fio prateado, reluzentemente prateado, é o elo da minha alma com a alma dela.
A chuva agora é intensa e o dia vai escurecendo, escurecendo...
Que textos lindos nos ofereces ultimamente, Manoel Carlos. Se vai ser assim, é mellor que o outono fique cá para sempre.
ResponderExcluirÉ o outono em tudo, lá fora, cá dentro indicando caminhos...e pelo chão, nesses caminhos, já nem as folhas caídas conseguirei enchergar!
ResponderExcluirSerá que sentirei?
Beijos
Manoel Carlos
Já enxerguei!
ResponderExcluir