14/09/2012

OUTRA VEZ ELA, SEMPRE ELA...



Ela desliza, ela flutua, ela caminha pelos meus sentidos.

Por todos os meus sentidos.



Ela me invade sem que me toque. E se escapa pelos labirintos das minhas sensações e vive em mim. Profundamente. Permanentemente. Desde que me conheço buscando-a, procurando-a em outros "mundos" em outros tempos até o encontro: - o terrivel encontro já num inverno irreversível que me flagela a alma sem laços para poder apertar como posso apertar a ilusão que vive e queima esperando o que ainda poderá remotamente acontecer...

...e ela permanece longe, perto, aqui, ali,no meu quarto, na minha cama, no meu trabalho sem que eu possa matá-la em mim como é necessário para que tudo tenha fim e eu possa seguir novamente ao seu encontro...




Manoel Carlos

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