De um tempo para cá acusa-me a consciência de não ter continuado uma linha de rumo, neste meu cantinho bloguístico, apontada, embora sinuosamente, às injustiças que se me deparam nos caminhos que percorro no dia a dia, na distância que separa a minha casa do meu trabalho. Cinquenta quilômetros. Apenas!
Queria seguir sempre em temas intimistas sem ter que me preocupar com os problemas mesquinhos que diariamente nos assediam e que, por fazer parte da vida, obrigatoriamente, nem vale a pena perder tempo referir.
Mas os meus amigos me provocam quase desafiando-me para que continue.
A minha voz não é forte. Tão forte como desejaria para isso. E sinto-me desesperadamente indeciso.
Contudo, é flagrante a série de acontecimentos injustos e pusilanimes que ultimamente vejo acontecer e que me espicassam, impulsionam e me fazem gritar de novo.
Posso afiançar aos meus amigos que agora não vou fazê-lo sozinho. Outros gritos farão coro com os meus e quem sabe o eco possa derrubar as montanhas onde se dá abruptamente o impacto!
Cá há ouvidos para te ouvirem.
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