10/04/2015

LEVITAÇÃO

Quantas vezes surpreendo-me dentro de mim, perdido no que vejo cá fora.
Paro aflito como se fosse outro a olhar a minha imagem,  os meus gestos!
E misturo a pergunta do outro  com a minha,  exclamando:  quem é este aqui tão estranho?

Nesses momentos que a consciência esvazia  como se fosse tudo novo,  parece que estou nascendo sem saber quem sou,  como se fosse apenas  um pensamento feito pluma voando ao vento ,
espalhando  as ideias num misto de letargia e sonho.
Quando acordo fico confuso mas ciente de que viajei.  Por onde NÃO SEI.

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