Mediante tais acontecimentos e já por causarem inevitáveis transtornos e apreensão, o meu pai ia comentando com os amigos e conhecidos o que
estava acontecendo naquela casa. Nesse tempo era Prior em Ponte de Lima, o
saudoso Padre Correia, fundador da Oficina de São José naquela Vila. Seria então ele a sugerir ao meu pai que tentasse falar com aquela
entidade invisível, mas sonora . Que
tentasse perguntar o que era e ao que se devia aquela manifestação. O meu pai ainda tentou por várias noites,
obter resposta daquela “coisa” .
Mas só o silêncio e o bater forte do coração das crianças
com medo, era audível.
-Quem és tu ? Que
pretendes?
Mas ninguém respondia
e continuava tudo na mesma.
Isso tudo até à noite que a minha avó veio dormir lá para casa após o funeral do seu marido, padrasto do
meu pai.
Aqui sim, vale a pena
o meu testemunho :
Nessa mesma noite
quando a minha avó foi à casa de banho, não tardou que algo acontecesse que nos
deixou a todos de cabelo em pé!
Um barulho ensurdecedor, parecido com o de uma grande quantidade de cascalho e areia caía pelas escadas espalhando-se por toda a casa. Tudo se passou num curto espaço de tempo mas que ainda hoje soa nos meus
ouvidos.
Desde então nunca mais se ouviu coisa nenhuma naquela casa.
Foi só um susto!
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