12/05/2015

A casa mal assombrada. Continuação

Mediante tais acontecimentos e já por causarem inevitáveis  transtornos e apreensão, o meu pai  ia comentando com os amigos e conhecidos o que estava acontecendo naquela casa. Nesse tempo era Prior em Ponte de Lima, o saudoso Padre Correia, fundador da Oficina de São José naquela Vila.  Seria então ele  a sugerir ao meu pai que tentasse falar com aquela entidade invisível,  mas sonora .  Que tentasse perguntar o que era e ao que se devia aquela manifestação.  O meu pai ainda tentou por várias noites, obter resposta daquela “coisa” .
Mas só o silêncio e o bater forte do coração das crianças com medo, era audível.

-Quem és tu ? Que  pretendes? 
 Mas ninguém respondia e continuava tudo na mesma.
Isso tudo até à noite que a minha avó veio dormir lá para  casa após o funeral do seu marido, padrasto do meu pai.

Aqui sim,  vale a pena o meu testemunho :
 Nessa mesma noite quando a minha avó foi à casa de banho, não tardou que algo acontecesse que nos deixou a todos de cabelo em pé!

Um barulho  ensurdecedor, parecido com o de uma  grande quantidade de cascalho  e areia caía pelas escadas   espalhando-se por toda a casa.   Tudo se passou num curto espaço  de tempo mas que ainda hoje soa nos meus ouvidos.

Desde então nunca mais se ouviu coisa nenhuma naquela casa.

Foi  só um susto!

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