15/02/2008

AFINIDADE


.REPOSIÇÃO post de outubro/2007
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O engraçado nesta vida é que todos nós falamos de amigos, dos nossos amigos, de suas virtudes, defeitos até, algumas fofocas, mas que são nossos amigos! Contudo a palavra "amigo" ficou muito vulgar.



Ao ponto de ser proferida em situações em que o nosso interlocutor não é verdadeiramente nosso amigo. Quantas vezes dizemos para a pesssoa que está nos interpelando e que nem conhecemos: - Pois, mas, meu amigo! E vai por ali fóra a conversa e sempre o nome da pessoa é amigo. Amigo para ali, amigo para acolá! Quando afinal a gente podia era chamar-lhe filho da puta! Filho da puta para ali filho da puta para todo o lado e para a puta que o pariu!
Pois! Amigo mesmo é coisa séria e dificil de acharmos. Mas felizmente, graças a Deus, eles existem! A mais não ser o nosso cão!

Além da amizade cimentada com a convivência harmoniosa tem que existir afinidade. Se não houver afinidade entre duas ou mais pessoas, a amizade, podem crer, é difícil!





E, o mais engraçado, é que pelo percurso da vida, em nosso caminho, cruzamos fugazmente com pessoas que poderiam ser nosssas amigas pois que, nessa convivência fugaz "pintou" muita





afinidade mas, nós não somos donos de nós próprios quando exercemos um trabalho e que, por força dessa circunstância, exija permanências temporárias, em diferentes lugares.

Estou me referindo a pessoas, poucas que conheci, como a Rosinha e o Comandante Gastão, gente de alto astral com um sentido fabuloso de civilização, muito dificil de se encontrar
neste mundo tão louco e cheio de "abismos".
Foi assim que senti quando de perto eu ficava!
Minhas homenagens.

Obrigado pelas fotos que passo a partir de agora à sua publicação.


Texto de
FonFon

Um comentário:

  1. Fonfon queridíssimo,

    Privilégio foi poder estar um tempo, mesmo que curto (mas tão denso) ao lado de pessoas como tu, FonFon!!
    Falaste da maldade de estarmos com pessoas com tanta afinidade por espaço de tempo curto. Então vou contar-te uma passagem da minha vida e do meu filho.
    Quando Rennan tinha seis anos, fomos morar na Tailandia e lá ele ficou um ano e meio. Quando voltamos ao Brasil, ele ficou um ano com minha mãe em São Paulo, enquanto eu arranjava a vida em Brasília para trazê-lo. Tudo arranjado (casa, escola, etc), Rennan veio para Brasília e começou a estudar em uma ótima escola. Depois de um ano, o psicólogo da escola chamou-me e relatou que Rennan, estranhamente, estava muito agressivo justamente com os melhores amigos. Começamos a conversar quando eu e o psicólogo descobrimos: ele tinha medo de apegar-se aos amigos!! Então tornava-se agressivo como que a dizer "não quero gostar de ti porque daqui a pouco vou-me embora e vou sofrer".
    Quando chegamos a essa conclusão, fui ter uma conversa com meu filho. Disse-lhe então, que por força da minha profissão, eu já tinha pensado daquele jeito, mas descobri que é melhor, muito melhor, ao invés de não querer apegar-se, fazer os laços de amizade muito mais fortes para que suportem a distância e o tempo!! É por isso que tenho amigos como tu, Fonseca!! AMIGO É COISA PRÁ SE GUARDAR, DO LADO ESQUERDO DO PEITO...

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