07/02/2008

RECORDAÇÕES DE VIGO continuação



Sempre fui apreensivamente tímido, inibido, perante as mulheres que me pareciam exuberantemente belas! Inexplicavelmente se apoderava de mim algo que me bloqueava os gestos a voz; um desastre, um fracasso; caso eu não estivesse preparado previamente para o encontro, para a entrevista, podem acreditar que tudo se esfumaria lastimosamente.


Imaginem então quando esbarrava em mim, como naquela tarde, uma garota indescritivelmente maravilhosa!


Resolvi que desta vez não seria como outras onde a frustração me causou danos inesquecíveis.
Entramos em La Liña, uma cafetaria situada por baixo do prédio onde eu habitava, na Avenida Canovas del Castillo, cujo dono era o Manolito, meu amigo.´
Pedi cigarros para a senhorita e uma bebida forte para os dois. Encomendei algo para comer ,
uma garrafa de champanhe e levei a menina para o meu apartamento, no 4º piso, com um balcão excelente de onde se desfrutava uma paisagem linda da baía de Vigo.


Confesso que eu estava ainda incrédulo e por momentos tive a sensação que tudo era sonho.


Mas não. Num ímpeto suave e desmedida carência abracei a jóvem que se deixou arrebatar por esse gesto e me abraçou colando sua boca, sua doce boca, à minha boca sôfrega, e pude então constatar que não era sonho. Era mais do que isso: eram todos os sonhos que eu até então e durante todas as noites da minha vida sonhei...


Manoel Carlos

2 comentários:

  1. Manoel Carlos,
    esto no puede ser un sueño, es que la menina cayó rendida por tus encantos masculinos. Si no, no habría aceptado cenar contigo, ni subir a tu casa, ni mucho menos probar tus dulces besos.

    No me sorprende en absoluto que esto haya ocurrido. Yo no habría dudado ni un instante.

    Bss da Leni.

    ResponderExcluir
  2. No duvides que haya ocurrido. Pero passó mucho mucho tiempo desde entonces, se quedando solamente un buen recuerdo!
    Besos
    Manoel Carlos

    ResponderExcluir