QUANDO eu era menino tive um sonho. Um sonho muito longo. Mas que o tempo como só numa noite, num instante do próprio sonho, apagou. Esse sonho era o de conhecer Lisboa e mais sonho ainda se em Lisboa eu pudesse viver. A minha vida tomou outro rumo, segui outras plagas e nunca mais pensei ou sonhei com Lisboa!
Mas como a nossa vida se transforma às vezes por mor dos sonhos, à força disso,
fora do tempo e do sonho, como num passe de mágica, em 1988, vim para esta cidade que conviveu secretamente, misteriosamente, comigo no meu coração de criança!
Não sei se por recalque ou por outro motivo qualquer psicológico, eu, que no tempo do sonho me embalava com as vozes plangentes do fado, de repente, em outras terras,
com outas gentes, outras vozes, quando escutava o fado sentia uma profunda raiva e me recusava a ouvir. Para me confortar eu alegava tristeza incompatível com o meu temperamento.
Felizmente mudaram-se muitas coisas não só em mim como até na própria canção nacional portuguesa.Ademais a nova tecnologia de som, acustica e instrumental, mais as vozes suaves e de coração e alma mais liberadas fazem do fado actualmente uma arte doce melodicamente mais profunda e até mais internacional.
Pois meus amigos. Voltei ao fado.
E me apaixonei por ele na voz dela a MARIZA.
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Texto de Manoel Carlos
O comentário mais doce das mais doces apaixonadas do Tejo:
Não me fales de Lisboa... Não hoje, que estou tão saudosa... Não hoje, que meus olhos teimam em demonstrar publicamente toda a minha saudade.
Eu, no meu amor tão grande por essa cidade ("Lisboa menina e moça amada, cidade-mulher da minha vida..."), tenho a petulância de dizer que duvido alguém tenha mais saudade de Lisboa do que eu.
Ah... Quanto eu poderia de falar de Lisboa... Quantos lugares...Castelo, Jerónimos, Príncipe Real, Chiado, Bairro Alto, Campo D'Ourique, Rato, Estrela, Alfama, Baixa, Alvalade, Amoreiras, Mouraria, Terreiro do Paço, Rossio, Martim Moniz, São Sebastião... Poderia citar mais... sei lá quantas. E não me cansaria de ficar cá a lembrar, lembrar, lembrar...
Sei que minha saudade parece ser daquelas que nunca mais se voltará àquele lugar. Mentira, pois sei, tenho a mais absoluta certeza de que, em mais tempo do que imagino, estarei aí, a cantar ("Lisboa, menina e moça, menina...") - não sei se escrevo ou se choro - a beber copos na companhia dos amigos mais queridos que jamais tive, e a ter a confirmação, somente para mim mesma, que devo ser a mais portuguesa de todas as brasileiras existentes na face da terra.Mais não consigo escrever pois que meus olhos não conseguem enxergar.
Com as saudades mais loucas e mais doídas,
Rosinha Vassinmon
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LISBOA FAZENDO SUSPIRAR
También para mí es una ciudad mágica, entre los lugares más arrebatadores que he visitado. Y sí, también escuché un fado en las calles del Chiado. Me encantó. Las dos veces que estuve, fue una maravilla.
Suspiro y también tengo un poco de saudade. :-)
Leni Qinan
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ResponderExcluirFonFonzinho querido,
ResponderExcluirNão me fales de Lisboa... Não hoje, que estou tão saudosa... Não hoje, que meus olhos teimam em demonstrar publicamente toda a minha saudade.
Eu, no meu amor tão grande por essa cidade ("Lisboa menina e moça amada, cidade-mulher da minha vida..."), tenho a petulância de dizer que duvido alguém tenha mais saudade de Lisboa do que eu.
Ah... Quanto eu poderia de falar de Lisboa... Quantos lugares... Príncipe Real, Chiado, Bairro Alto, Campo D'Ourique, Rato, Estrela, Alfama, Baixa, Alvalade, Amoreiras, Mouraria, Terreiro do Paço, Rossio, Martins Moniz, São Sebastião... Poderia citar mais... sei lá quantas. E não me cansaria de ficar cá a lembrar, lembrar, lembrar...
Sei que minha saudade parece ser daquelas que nunca mais se voltará àquele lugar. Mentira, pois sei, tenho a mais absoluta certeza de que, em mais tempo do que imagino, estarei aí, a cantar ("Lisboa, menina e moça, menina...") - não sei se escrevo ou se choro - a beber copos na companhia dos amigos mais queridos que jamais tive, e a ter a confirmação, somente para mim mesma, que devo ser a mais portuguesa de todas as brasileiras existentes na face da terra.
Mais não consigo escrever pois que meus olhos não conseguem enxergar.
Com as saudades mais loucas e mais doídas,
Rosinha
Olà Manoel Carlos,
ResponderExcluirTambién para mí es una ciudad mágica, entre los lugares más arrebatadores que he visitado. Y sí, también escuché un fado en las calles del Chiado. Me encantó. Las dos veces que estuve, fue una maravilla.
Suspiro y también tengo un poco de saudade. :-)
Bjs da Leni.
Amigo Manoel Carlos,
ResponderExcluirCá estou de novo visitando meu querido amigo da Terra dos Fados. Sou um fã emocionado desta música maravilhosa. Minha saudosa mãe se emocionava ao ouvir Amália Rodrigues, em qualquer das suas canções. Tenho todas as músicas dela que pude baixar na internet e mais uns tres ou quatro CDs e vídeos do YouTube. Se vais falar de Fados, avisa-me pois quero desfrutar também. Obrigado pelas visitas frequentes que tens feito ao Oficina. "Vejo" tudo pelo Geosite. Grande abraço aqui de Brasília. O que necessitares daqui, é só pedir.
Bateu-te o fado, oh insensato?
ResponderExcluirGénero musical que se deleita com tábuas de caixão...estou fora!
Chorai, portugas, chorai. Enquanto chorais não chateais!
hehehe