Ela tinha um cheiro doce. Indecifravelmente doce. Um odor de fêmea. Era só ela passar perto para me perturbar e corria atrás dela feito animal em época de cio!
Segurava-me a sensatez de meus 11 anos. O medo de suas reações. Ela era já adulta. Tinha uma filhinha concebida de uma aventura no escondido da Lapa. Era noite de São João. Dislumbre irremediável. E aconteceu com o Zé Padeiro.
Ela já havia notado o meu libido desespero e sadicamente me provocava.
E os dias iam seguindo. Derrubando-me nas noites que a imaginava com a ajuda de meu inevitável narcisismo.
Manoel Carlos
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