Não vejo nada.
Nem sombra do que antes existia.
No escritório, nada vejo.
Onde tudo se esconde?
Se falo ou grito,
Só o eco responde.
Mais um cômodo sem nada,
Não gosto do que vejo,
Sinto arrepios de medo
E o medo é calado.
Cansada de nada ver,
Entro no meu quarto
E me deito no chão
Em um solitário colchão.
Ligo a TV Para me distrair
E do vazio fugir.
Só vejo coisas que já vi
E agora o que faço?
Ah! Se eu tivesse asas!
Iria atrás da minha casa
Que se perdeu no espaço.
Casa vazia!
Solidão, saudades,
Medo do incerto
quando não estou certa
Do que eu penso e digo.
Minha casa muda sempre
De um lugar para o outro
Até esqueço,
Em que língua cumprimentei
O vizinho ao lado
E qual era meu último endereço.
Lu Amado
17/11/2
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Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirForma sublime de contar a vida perante o minuto da saudade antecipada...
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