16/06/2015

O COCO O COQUEIRO

Antes de mencionar alguns aspectos sobre a comercialização do coco do Brasil, permitam-me que assinale um caso, embora quiçá isolado, que me deixou apreensivo. Por isso conviria que usassem do maior cuidado quando for para extrair do coco seco, a água que o fruto contém, que normalmente a extraímos perfurando um dos buracos (3) que aparentemente se conservam hermeticamente fechados:  Quando me disponha a perfurar um coco com  um saca-rolhas para que,  com a ajuda de um canudo fino  "palhinha" pudesse  extrair a deliciosa água que tanto adoro. 
A surpresa foi quando me chegou à boca a pequena porção do líquido.  Algo estranho acontecia, fui  obrigado a cuspir  de pronto. Estava evidentemente alterado o conteúdo, o que confirmei na altura de quebrar o fruto que se abriu facilmente soltando a casca mostrando o interior do coco escurecido. Sem aquela brancura inconfundível do coco.
A partir de hoje vou ter mais cuidado. E eu que adoro coco e sei o quanto este fruto é benéfico à nossa saúde.
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Agora a estatística.


 A produção de coco no Brasil atinge mais de um milhão de toneladas, entretanto este volume representa apenas 2% da oferta mundial (Rego Filho et al. 1999). No Vale do São Francisco, o cultivo do coqueiro anão irrigado, encontra-se em fase de expansão, tendo atingido em 1999 uma área plantada de 8.102 hectares, com produção anual de 24.306 toneladas e produtividade média de 240 frutos por planta por ano (Cadastro... 1999). Todo o coco produzido nos  Os Os pólos de irrigação de Juazeiro-BA e Petrolina-PE, é comercializado para consumo da água. A partir do segundo semestre de 1999, o Grupo de Coco do Vale abriu o mercado da Inglaterra e da Itália com a iniciativa de 70 pequenos produtores, que conseguiram exportar 17 mil frutos entre os meses de agosto e setembro (Saabor et al. 2000). O principal entrave para o prosseguimento desta iniciativa tem sido o custo de transporte, devido ao elevado peso e volume do fruto. Os produtores optaram então pelo engarrafamento industrial da água de coco, como a forma mais adequada para atender ao mercado, mas esta alternativa também não tem tido boa aceitação pelos consumidores em função das próprias características da água que em contato com o ar se deteriora rapidamente, ou ao emprego de métodos de conservação como pasteurização, adição de conservantes, congelamento e correção do açúcar, que alteram o sabor da água, tirando-lhe a característica de bebida natural. Na busca de novas alternativas para a comercialização do coco ao natural, procurou-se remover parte do mesocarpo do fruto o que proporciona a redução de cerca de 50% do seu peso e volume. Este método resolve apenas em parte do problema pois o coco descascado torna-se muito sensível ao escurecimento e murchamento apresentado, em menos de oito dias, aparência desagradável para o consumidor. O envolvimento dos frutos com películas de polietileno de baixa densidade, contribui sensivelmente para reduzir a perda de água e conseqüentemente o murchamento do mesocarpo, como ficou demonstrado por Assis et al. (2000). Por outro lado, agentes redutores como sulfitos e ácidos orgânicos tem sido utilizados como alternativas para inibir o escurecimento em produtos vegetais minimamente processados (Food... 1986; Dziezak, 1986). O escurecimento de batata inglesa, descascada manualmente, foi evitado com tratamentos por imersão em solução mista de ácido málico e ácido ascórbico por 3 minutos (Laurila et al. 1998). Os autores observaram ainda que o tratamento com ácidos orgânicos foi tão efetivo quanto os tratamentos com metabissulfito de sódio, até então empregados para a conservação de batatas minimamente processadas. ..

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