Em 1982, quando então eu pagava uma pena por pecados já esquecidos, enviava, timidamente, para o jornal da minha terra (Cardeal Saraiva) pequenas flechas de saudade de um "Limiano em Berlin".
No meio de um livro, um dia destes, encontrei uma referencia antiga dedicada à terra onde nasci e a essa ondina das aguas do Lima que a garotada chamava de Narcisa
a Camões! Vejam só!
Nesta cidade
a leste das coisas da minha origem
curto a melancolica espera
do regresso que demora.
Conto os dias em minúcias
agigantando os tempos qual presidiário
de crime comissivo
que vê remotas
hipóteses de evasão.
Por vezes
na noite
num misto de sonho
e ilusão
vejo no asfalto brilhante das ruas
esse rio bonito
que banhou meu nascimento
e as sombras
dos altos edifícios
transformam-se
nos montes que rodeiam
a minha terra -
- Madalena aqui, Santo Ovídio lá.
Santa Justa, além!
E nessa ilusão grandiosa
vi ruir todas as estátuas
da cidade de Berlim
e em seus lugares
erguer-se
o busto dessa mulher imortal
essa Joana D´Arc ou
Maria da Fonte
de nossas emoções infantis!
Manoel Carlos
No meio de um livro, um dia destes, encontrei uma referencia antiga dedicada à terra onde nasci e a essa ondina das aguas do Lima que a garotada chamava de Narcisa
a Camões! Vejam só!
Nesta cidade
a leste das coisas da minha origem
curto a melancolica espera
do regresso que demora.
Conto os dias em minúcias
agigantando os tempos qual presidiário
de crime comissivo
que vê remotas
hipóteses de evasão.
Por vezes
na noite
num misto de sonho
e ilusão
vejo no asfalto brilhante das ruas
esse rio bonito
que banhou meu nascimento
e as sombras
dos altos edifícios
transformam-se
nos montes que rodeiam
a minha terra -
- Madalena aqui, Santo Ovídio lá.
Santa Justa, além!
E nessa ilusão grandiosa
vi ruir todas as estátuas
da cidade de Berlim
e em seus lugares
erguer-se
o busto dessa mulher imortal
essa Joana D´Arc ou
Maria da Fonte
de nossas emoções infantis!
Manoel Carlos
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